sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ENCONTROS DOS DIAS 21/11 (sábado ) e 23/11 (segunda-feira)

"A vida está cheia de desafios, que se aproveitados de forma criativa, transformam-se em oportunidades."
( Maxwell Maltz )

E o município de Ananindeua, onde trabalho, localizado na grande Belém sendo o segundo município mais populoso do Pará e o terceiro da Amazônia, com escolas nas ilhas, no centro e nos bairros e uma universidade particular, portanto desafia os alunos por meio de vários programas educacionais inclusive o Gestar II que está capacitando os professores a fim de que, ministrem aula de qualidade para diminuir as dificuldades dos alunos.




Além do Gestar II desafiar o aluno para a reflexão, criatividade e prática, outros incentivos surgiram como "Aluno nota dez" onde o mesmo recebe um cheque de R$100,00 naquele bimestre e os pais um cartão para desconto em vários pontos comerciais, o "Cursinho Popular", que oportuniza quem conclui o ensino Fundamental,"Revela talentos", que busca nas escolas poetas, poetisas e estes desafios poderão se transformar em grandes oportunidades para quem souber aproveitar, e nós do Gestar torcemos por todos.



"Se não puder se destacar pelo talento, vença pelo esforço.
(Dave Weinhbaum)

Nós que fazemos o Gestar II de língua portuguesa de Ananindeua - Pará não medimos esforços para que o grupo tenha bom desempenho em sala de aula, por isso programamos, organizamos e realizamos várias atividades com os cursistas para que possam dinamizar suas aulas e tornar real o objetivo maior do curso que é mão dupla entre a teoria e a prática e isso chamou muito a atenção, porque observaram que não é um curso em que se apresenta apenas a teoria e sim, dá condições para o professor usar os assuntos do programa da Secretaria com nova roupagem.




Ao iniciarmos o encontro lemos os textos "Sonhar" e o "Carpinteiro e a Casa" por causa do desenvolvimento do projeto que os cursistas estão idealizando.

Sonhar

Você precisa ter sonhos, acreditar que a toda hora, acontecerá coisas boas que mudará o rumo de sua vida.
Você precisa dizer sempre a você mesmo: -Vou conseguir! -Vou superar! -Vou chegar ao meu sonho!
Não importa o tamanho dos sonhos, sonhe muito e sempre mesmo que estes não se realizem como você desejou, saiba que eles se concretizarão da maneira que Deus entendeu ser o melhor para você.
O Carpinteiro e a Casa.

Um velho carpinteiro estava para se aposentar.
Contou ao seu chefe os planos de largar o serviço de carpintaria e construção de casas, para viver uma vida mais calma com sua família. Claro que sentiria falta do pagamento mensal, mas necessitava da aposentadoria. O dono da empresa pediu que construísse uma última casa como um favor especial.
Ele não se empenhou no serviço e utilizou mão de obra e matéria prima de qualidade inferior.
Quando o carpinteiro terminou o trabalho, o construtor veio inspecionar a casa e entregou a chave da porta ao carpinteiro. "Esta é sua casa", ele disse, " meu presente para você". Que choque! Que vergonha!
Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito completamente diferente.
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Os dois textos nos levaram à reflexão de que temos que idealizar o projeto pedagógico, sonhar com uma escola renovada e socializar com os demais colegas de outra disciplinas a fim de que seja construído o global, onde cada professor realizará ações envolvendo a leitura e a escrita e que esta idealização tem que ser bem feita sem pensar se ficará ou não na escola em que está,por isso é preferível pensar que o projeto será desenvolvido também por você.
Após este breve comentário ouvimos a opinião dos cursistas que falaram dos sonhos e alguns cursistas contratados não sabiam se no próximo ano estariam ainda na rede, mas que se empenhariam na idealização do projeto.
E o projeto foi retomado e cada cursista deu continuação à ideia proposta.
Para descontrair cantamos uma música e interpretada pela cursista Aila. todos riram bastante, deu mesmo para descontrair.

Eu preciso de você.
Você precisa de mim
Nós precisamos de Cristo
Até o fim
Sem cessar
Sem parar
Sem vacilar
Sem temer
Sem chorar

A professora Vera perguntou como cada cursista trabalha a gramática em sala de aula e cada um fez um comentário:
A cursista Helena falou que antes trabalhava a gramática pura e os alunos não aprendiam, ou aprendiam apenas por um período, após usar a pesquisa, resumo e estudo em grupo e individual sobre os assuntos como figuras de linguagem, os alunos apresentaram o assunto com convicção e portanto aprenderam e após esta experiência eu deixo o aluno à vontade para pesquisar, resumir e socializar e até criamos um regulamento para a sala de aula.
Solicitou que não esquecéssemos de marcar encontro após a parte presencial do Gestar II para socialização de experiências.
A cursista Karina comentou que a Secretaria, os concursos cobram a gramática, os pais e ela aplica, mas sente que está mudando os pouco, hoje usa bastante textos.

A cursista Ana Maria que trabalha com figuras, solicita a interpretação e depois é que parte para a gramática de acordo com a ideia do texto desenvolvido.

O professor Luiz Amoras trabalhou a gramática por meio de pesquisa e se surpreendeu com a turma, uma vez que usaram vários suportes inclusive álbum seriado para a socialização. Comentou que os alunos aprendem mais quando são eles que organizam a aula, porém frizou que em uma turma deu certo, mas na outra turma não, pois não houve esforço por parte dos alunos.


Trabalhamos as unidades 5 e 6 do Tp 2 e a oficina escolhida foi a 3 da unidade 6, texto "Quatro ", de Leão Cunha.

A cursista Jeane trabalharia com a 7ª série a leitura de texto, significação das palavras, emprego das palavras.
Questões que seriam levantadas sobre o texto lido:
1- Relacionar os quatro elementos científicos aos quatro elementos sociais.
2- A partir da leitura do texto exemplifique um tipo de frase.
3- Construa duas orações uando as palavras" terra e mágoa.
4- Empregue outras consoantes na palavra "AR", como por exemplo a palavra Bar. Em seguida escolha uma das palavras que você criou e construa um período composto.
5- Crie um texto narrativo utilizando cinco palavras do poema.

As cursistas Karina, Ivonete e Raquel, trabalhariam com a 5ª e 6ª séries.
1-Apresentariam a imagem aos alunos, fazendo com que o grupo a interpretasse levando em consideração os quatro elementos.
2- Provocar no aluno a curiosidade na interpretação do texto propondo as seguintes questões
a-) Qual a relação entre a imagem e o poema?
b-)Por que o poeta colocou o poema na ordem inversa?
c-)A que "maus" elementos o poeta se refere no poema? Justifique.
3-Trabalhar o poema concretista, que foge da estrutura convencional do poema.
4-Produção textual " Breve comentário da imagem"
5-Análise linguística: Letras, fonemas e dígrafos.

Outros cursistas trabalhariam a interdisciplinariedade entre português, ciências, geografia e arte. O bom é que nossos cursistas já não trabalham a gramática pura, todos estão procurando acompanhar a época usando texto.

Gramática

Não termines tudo com um ponto
Fica mais suave com reticências...
Enquanto me olhas com este olhar de interrogação,
Puxa-me forte para perto de teu corpo
e me faz uma exclamação!
(Alessandra Tussi)


Como motivação usamos quem "Conta um conto aumenta um ponto".

Distribuimos papel e o cursista escreveu o nome e o início da história e passando de cursista em cursista para que cada um continuasse a narrativa, até chegar ao dono da história, depois solicitamos a leitura e apenas uma narrativa estava incoerente, foi muito engraçado...



Apresentamos uma sequência de figuras e explicamos que os cursistas poderiam solicitar uma narrativa de acordo com a colocação das figuras e usar a criatividade.

Para concluir avisamos que fizessem leitura do Tp2 " Arte ", tP4 (revisão) e Tp6.

De tudo ficaram três coisas: a certeza de que estamos sempre começando... A certeza de que precisamos continuar... A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar... Portanto, devemos: fazer da interrupção um caminho novo... Da queda um passo de dança...do medo um trampolim... Do sonho uma ponte... Da procura um encontro...
( Fernando Pessoa )

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ENCONTROS DOS DIAS 07/11 (sábado) e 10/11 (terça-feira)

RECORDAÇÕES:

"Quem foi ao Pará parou, tomou açaí ficou". Você lembra do açaí que tomou em Belém do Pará?




É excelente para interdisciplinariedade e socialização em sala de aula, aproveitem, além do que você observa temos lenda, culinária, artesanato, músicas. aproveitem a dica!

Nos encontros dos dias 07/11(sábado) e 10/11(terça-feira), na escola São Paulo e na Faculdade fama de 8:00 às 18:00, iniciamos ouvindo uma professora que estava triste por problemas familiares e surgiu a ideia da música de Martinho da Vila.

Canta, canta minha gente
Deixe a tristeza pra lá
Canta forte,canta alto
Que a vida vai melhorar
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Deus nos conduziu porque para a hora do acolhimento eletrônico pois a professora Vera havia escolhido o slid "Gotas de Bênção" de Sabine Sagitar que foi adequada a situação do momento

"Para que tenhas paz e alegria sinta neste momento que derramam-se sobre ti as fontes de luz.

Logo após partimos para a leitura em sequência e reflexão sobre a "Gestão do tempo" para chamar atenção sobre a organização da agenda, porque o Gestar já está chegando ao final da fase presencial e o projeto tem que ser socializado.


" Que não importa o quão cheia está a nossa agenda; se quisermos, sempre conseguimos fazer com que caibam mais compromissos"

E que as pedras grandes tem que ser colocadas por primeiro. No caso o projeto.


E um por um dos cursistas comentou sobre o texto e a professora Silvia frizou que devemos colocar as pedras grandes primeiro, mas não esquecer de nós, principalmente a mulher tem que se cuidar em todos os sentidos.

Para concluir "Variações linguísticas" a professora Vera mostrou um quadro com vários rostos, vários tipos físicos, para dar ênfase as variações linguísticas. Depois mostrou propagandas com desvios ortograficos e chegamos a conclusão que devemos auxiliar muito nossos alunos na parte da ortografia, porque ideias "brotam", mas alguns precisam de ajuda e essa ajuda tem que ser individual. Uma cursista conseguiu diminuir um pouco o problema copiando no quadro textos pequenos e selecionados uma vez na semana, após leitura cópia e verificação dos cadernos.



Observamos que a pessoa tem visão de mundo e que consegue passar a mensagem por causa da causa e intenção.

A Professora Sandra Redondo socializou a culminância da aula sobre gêneros textuais aplicada na escola "Maria Emília", onde comentou que foi um sucesso a trajetória porque houve o trabalho de pesquisa, de material e reflexão dos alunos sobre o assunto, ela ficou maravilhada com tudo o
que aconteceu.



Foi trabalhada a música " CHOPIS CENTIS" , do grupo Mamonas Assassinas

Eu di um beijo nela
E chamei pra passear.
A gente fomos ao chopping
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim.
Até que tava gostoso,mas eu prefiro
aipim.
Quanta gente, quanta alegria,
A minha felicidade é um crediário nas
Casas Bahia.
Esse tal de Chopis é muito legalzinho.
Pra levar a namorada e dar uns
rolezinhos
Quando eu estou no trabalho,
Não vejo a hora de descer dos andaime.
Pra pegar um cinema, ver Schwarzneger
E também o Van Damme.
Nessa música, o grupo intencionalmente explora uma variante linguística. Por isso, cria um personagem que teria determinadas características de fala.
No primeiro verso da canção, foi empregado "di", em lugar de dei. Esse erro é muito comum entre crianças que estão aprendendo a falar e com esta introdução deixamos os cursistas idealizarem como usariam este texto na sala de aula e tivemos:
Leitura, canto e comentário sobre os autores.
Iterpretação e reflexão sobre a vida e a realidade dos alunos
Reescritura de texto em língua formal para comparar com o texto original.
Identificação das marcas de oralidade e humor
Pesquisa sobre dialetos regionais e socialização
Pesquisa e socialização sobre a época de 90
Montagem e explicação de uma maquete com referência a música.

Depois apresentamos o poema "À Moda Caipira" de Elias José.
U musquitu ca mutuca
num cumbina
U musquitu pula
i a mutuca impina
U patu ca pata
num afina
U patu comi grama.
i a pata qué coisa fina.
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Fizemos leitura de pegadinhas e textos onde apareciam as palavras bicicreta, prástico e outras presentes no cotidiano dos alunos.
Apresentamos o dicionário "Papa chibé" onde contém as pérolas do cotidiano paraense, com exemplo:
Porrudo - grande, gordo
Eu choooro! - não estou nem aí, dá teu jeito.
Pai d' Égua! - excelente ou ruim conforme a entonação de você
Maninhu - colega, amigo

Bolamos um Bingo com variedades linguísticas do Pará. Cnfeccionamos cartelas com 15 palavras cotidianas do paraense, onde o ganhador receberia o prêmio e elaboraria um texto criando uma situação com as palavras da cartela e socializaria com os amigos por meio de uma dramatização.
Distribuimos papel padronizado para o projeto e cada cursista fez a sua parte.

"As dificuldades que você encontra se resolverão conforme você avançar. Prossiga, e a luz aparecerá e brilhará com clareza crescente em seu caminho"
(Jean le Rond D' Alembert)

Exibimos o slid que mostra a língua Portuguesa no mundo. Após ouvimos os cursistas e uma professora comentou que as escolas receberam material do MEC, onde contém este assunto com o nome de " Além mar".

Como podemos observar em todos os encontros chegamos a conclusão de que o GESTAR é:




Gosto pela mudança.
Experiência compartilhada
Satisfação nos encontros
Transformação na prática
Animção na sala de aula
Responsabilidade com a educação

A missão da escola, atualmente, e dar prioridade à língua escrita. Ela é muito importante para a formação do aluno, mas não se deve esquecer que a oralidade não pode ser deixada de lado. É possível trabalhar o funcionamento da língua por meio de texto como forma de acesso natural à língua, explorando a oralidade e a escrita.

"Não devemos esquecer que os pingos de chuva fazem um buraco na pedra não pela violência, mas por cair com frequência", por isso devemos insistir com as variedades linguísticas para que o aluno saiba adequar a fala as diversas situações de uso.
(Confúcio)