domingo, 28 de junho de 2009

Encontros dos dias 20/06 (sábado) e 25/06 (quinta - feira)

Netes encontros trabalhamos o TP 4, o qual tem como objetivo sistematizar e aprofundar as reflexões sobre letramento e o processo de leitura e desenvolver a leitura e a prática dos cursistas com relação ao trabalho com textos .

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Cursistas discutindo sobre letramento.

O tema "letramento" na versão nova da palavra, busca compreender as implicações da escrita no mundo social, uma vez que não basta saber ler e escrever, mas responder às práticas do dia -a -dia nas várias situações.
Com relação à nova concepção a escritora Mary Kato em 1986 em seu livro "No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística"usou o termo "novo" pela primeira vez, sendo logo seguida por outros, principalmente no campo da educação.

Neste sentido, letramento é uma tarefa altamente controversa, o que significa que a formulação de uma definição que possa ser aceita sem restrições parece impossível, por isso os vários conceitos de Kleiman, Soares, Ribeiro, Marcuschi causaram uma discussão excelente, assim como
os estudiosos se preocuparam em conceituar e compreender, a relevância do letramento para a inserção social e cultural do indivíduo em uma sociedade, considerando os diferentes níveis em que ele ocorre, nossos cursistas entenderam que letramento agora está voltado ao uso das funções que tem os diversos textos na sociedade, ou seja , o conhecimento de mundo, pois uma pessoa pode não ser alfabetizada , mas letrada, já que convive em uma sociedade e muitas vezes esta pessoa tem uma oratória tão boa que lhe dá condições de se integrar em grupos políticos, comunitários, religiosos... o que foi muito bem exemplificado com citações de familiares, também houve a conscientização de que muitos professores deixam de lado o conhecimento prévio e que este tem que ser valorizado, por isso houve a reflexão de que os textos que não eram usados em sala de aula como placas, faixas, autdoors, letreiros de ônibus, contas a pagar, receitas culinárias, piadas, bula de remédios,cartum e outros... passarão a fazer parte do currículo do aluno, uma vez que, são práticas sociais de leitura e escrita presentes no cotidiano, as quais contribuem para que o aluno desenvolva a habilidade de codificar a língua e compreedê-la em seu contexto, variando de intensidade em função desse uso, desta forma o desafio da escola é ensinar o código escrito, habilitando o aluno a usar a escrita em atividades comunicativas e culturais e a compreender o mundo de forma crítica e contextualizada , desta forma a escola tem que se preocupar com a leitura, como atividade essencialmente ligada a escrita, mostrar que há vários tipos de leitura e que cada texto requer um tipo de entonação de voz , ou seja, que a leitura de uma poesia não é a mesma que de uma piada, de um salmo, da leitura de um problema de matemática e por esta razão a escola precisa capacitar o aluno a uma leitura expressiva de acordo com objetivo do texto, assim como dar oportunidade ao aluno de treinar para realizar uma boa leitura .
Para esta prática de leitura realizamos uma dinâmica onde selecionamos vários textos em diferentes suportes e objetivos como: poesias, piadas, salmos, adivinhações, programa esportivo, jornalísticos, propagandas e outros..., os cursistas após um leitura individual executarm a dinâmica com entusiasmo e refletiram que é preciso motivar o aluno para leitura expressiva.



Cursistas desenvolvendo a dinâmica de leitura expressiva. segundo a cursista Helena Viana (foto de nº 4) um aluno fez a leitura de um poema sem entusiasmo, porém quando ela o incentivou, mostrou-lhe como fazer a leitura, o que o fez ler com entusiasmo.

Embora haja diferentes concepções sobre o letramento, estas estão interligadas por meio de um eixo norteador dos estudos, que são as diferentes práticas sociais da leitura e da escrita presentes no cotidiano do indivíduo, as quais são denominadas de "eventos de letramentos".no entanto, não basta apenas estar em contato com os diferentes eventos, é preciso que estes tenham um uso funcional no cotidiano. Esse uso funcional da leitura e da escrita inserem culturalmente o indivíduo em uma sociedade letrada (Kleiman,1995). Podemos então dizer que as diferentes práticas de letramento presentes no cotidiano do indivíduo, contribuem para que ele desenvolva a habilidade de codificar a língua escrita e de compreedê-la em seu contexto, variando de intensidade em função desse uso. Essa variação é decorrente da familiaridade do indivíduo com as práticas sociais da escrita no cotidiano e determinam os diferentes níveis de letramento.
Entendemos que os níveis de letramentos estão relacionados não apenas com as práticas sociais, mas também com as práticas escolares, particularmente de leitura que é um meio de conhecimento e compreensão de uma realidade social que ultrapassa a ideia de simplesmente codificar símbolos gráficos.
É através da leitura que o indivíduo constrói uma visão reflexiva e crítica da realidade na qual está inserido. Essa nova visão de leitura é descrita pelos parâmetros currículares, em que propõem uma articulação entre as práticas de leitura escolar e as práticas sociais para que o aluno aprenda de forma contextualizada e desenvolva a crítica ao ler o mundo e ao escrever sobre ele. Esse é o grande desafio da escola.
Para ilustrar a leitura reflexiva e crítica da realidade na qual o indivíduo está inserido, usamos o texto "Circuito fechado" de Ricardo Ramos e cada pessoa após leitura expressiva, desenhou e depois redigiu um texto enigmático.



Os alunos e cursistas gostaram de refletir sobre as atividades que praticam, lugares por onde passam, o que observam... Esta tarefa foi de grande aceitação porque deu oportunidade de reflexão e crítica sobre si mesmo e o meio em que estão inseridos. Explorou a oralidade e a criatividade.



Outras práticas sociais foram trabalhadas como: bula de remédio, carta, convite, propaganda, embalagem, música e outras.. Dentro da realidade do aluno e estes estão mudando a postura em sala de aula, uma vez que, ficam orgulhosos em saber que o professor levará os trabalhos de pesquisa para outras pessoas observarem e os próprios alunos são vistos com outros olhos pelos colegas de escola e isso é muito bom para a educação de Ananindeua

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